segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Aldemir Martins e sua especial obra felina.


Quem é apaixonado por gatos talvez não tenha se dado conta do trabalho de Aldemir Martins. O artista cearense, reconhecido por suas incríveis pinturas de cangaceiros, baianas, muitos retratos e natureza morta, acabou mesmo se popularizando pelas pinturas de felinos azuis, verdes, amarelos, todos eles com um traço muito marcante e particular.


Aldemir Martins nasceu no interior do Ceará em 1922, na cidade de Ingazeiras, filho de um funcionário público e uma índia. Em 1945, aos 23 anos, se mudou para o Rio de Janeiro sendo que um ano mais tarde foi morar em São Paulo. No ano seguinte, já em 1947, foi convidado a participar da exposição 19 Pintores que marcou a ascensão de uma nova geração de artistas brasileiros. Neste evento, Aldemir conquistou uma premiação como terceiro colocado. A partir daí, participou de forma ativa do movimento artístico brasileiro. Nas primeiras Bienais de Arte de São Paulo de 1951, 1953 e 1955 ele foi agraciado com premiações especiais sendo que em 1956 venceu o prêmio de melhor desenhista na Bienal de Veneza. Artista versátil, além da pintura, Aldemir trabalhou também com cenografia, joalheria, desenhos de moda, tapeçaria e artes gráficas. 











Aldemir Martins faleceu em 2006 na cidade de São Paulo aos 83 anos e se você deseja conhecer o seu trabalho de perto, até a próxima quinta-feira dia 20 de agosto, na galeria Ink do shopping RioMar Fortaleza (rua Desembargador Lauro Nogueira, 1.500 - piso L2) acontece a exposição "Aldemir Martins: gatos e motivos" com 20 obras originais do artista.






O grande Ângelo Aquino e sua obra voltada para o cachorro Rex.

 

O artista Ângelo Aquino, que nasceu em Belo Horizonte e cresceu no Rio de Janeiro, criou em 1984 um simpático personagem que ficou famoso no Brasil e conquistou o mundo das artes: o cachorro Rex.

Rex, que foi retratado com várias cores e em diversas situações (dirigindo carro, avião ou navio) foi capa de revista de arte e tapete na França, estampa em roupas adultas e infantis no Japão, personagem de livro infantil e ainda foi o "autor" de editoriais no jornal O Globo na década de 90. 
  
 

 

 
                                                                                     Jornal O Globo, edição de 1997

Questionado sobre o motivo que o levou a destinar grande parte de sua obra ao Rex, ele conta que começou a sentir a sua força quando percebeu o modo como as pessoas se relacionavam com a imagem. Realmente, carisma é o que não falta ao personagem.

Segundo o artista, o Rex é um cachorro urbano, sem raça, sem cor, é sarcástico, escreve em jornal e viaja. Ele é uma imagem urbana contemporânea. Tanto que sua presença é notada em galerias sofisticadas, em lojas de gravuras físicas ou virtuais. 

E Ângelo Aquino resolveu realizar sua obra não somente em telas. Ele pintou um grande Rex na parede de um charmoso restaurante no Rio de Janeiro. Assim, quem frequenta o restaurante tem uma experiência visual além de gastronômica.



Infelizmente em 2007, aos 61 anos, o criador do Rex nos deixou. Mas sua obra ficará para sempre consagrada no mercado das artes, nas galerias e nos corações. 



sexta-feira, 23 de março de 2018

Um maravilhoso cachorro azul.




Quem é fã de Friends, ou simplesmente assistiu a alguns episódios da sexta temporada da série, talvez tenha percebido um quadro de um cão azul dentro do famoso café Central Perk. Como o Mundo Pet Magazine tem especial curiosidade sobre o tema, resolvemos pesquisar por Blue Dog para descobrir o nome do artista e encontramos um trabalho riquíssimo do artista americano George Rodrigue. 



George Rodrigue nasceu em 1944 no estado americano de Louisiana e, nos anos 90, criou a série Blue Dog que deu enorme visibilidade ao seu trabalho e lhe conferiu fama.

O cão azul de olhos amarelos foi baseado na lenda do "loup-garou", história de origem francesa contada por sua mãe na infância, que dizia: se ele não fosse um bom menino, o "loup-garou" o levaria. E foi a partir desta lenda que surgiu o primeiro quadro (abaixo), representando um cachorro estranhamente sinistro, quase um monstro. Sendo que os seus traços foram inspirados na cachorrinha de infância do George, a doce Tiffany.

 


A lenda do "loup-garou" é semelhante às lendas de lobisomens em outras partes do mundo. No folclore haitiano trata-se de uma pessoa possuída por um espírito, capaz de virar cão, gato, galinha, cobra ou outro animal para sugar o sangue de bebês e crianças. Talvez por isso que este primeiro quadro tenha recebido este aspecto bem esquisito...





"Os olhos amarelos são realmente a alma do cachorro. Ele tem esse olhar penetrante. As pessoas dizem que o cachorro continua falando com eles com os olhos, sempre dizendo algo diferente. As pessoas que viram uma pintura do Blue Dog sempre se lembram disso. Eles são realmente sobre a vida, sobre a humanidade em busca de respostas. O cão nunca muda de posição. Ele apenas olha para você. E você está olhando para ele, procurando algumas respostas, "Por que estamos aqui?", E ele está apenas olhando para você, imaginando o mesmo. O cachorro não sabe. Você pode ver esse desejo em seus olhos, esse anseio por amor, respostas." disse George Rodrigue.











O Studio de George Rodrigue fica na 730 Royal Street, no turístico quarteirão francês de New Orleans, estado da Lousiana. E quem estiver programando um passeio na região, vale a visita.























O Blue Dog ganhou mais visibilidade ainda em 1992 quando foi popularizado pela Absolut Vodka em uma campanha publicitária, além da Xerox Corporation, que também o usou como "cachorro-propaganda".







George Rodrigue faleceu em dezembro de 2013 aos 69 anos, mas deixou um grande legado. Além de suas obras, ele criou a Fundação George Rodrigue das Artes (GRFA) com a missão de defender a importância das artes no desenvolvimento de juventude. A GRFA incentiva o uso da arte em todos os currículos e apoia uma variedade de programas educacionais de arte.





A fundação oferece uma variedade de programas para a promover o desenvolvimento da juventude através das artes na educação. Se você quiser saber mais, clique aqui.